
Para chegar a esta constatação, os pesquisadores escolheram 61 áreas em recuperação que passaram a ser observadas por um período de seis meses. Do levantamento das 247 espécies utilizadas nestas áreas, verificou-se que 54%(134 espécies) foram pouco utilizadas (em apenas três projetos) e um pequeno número (15 espécies) apresentaram uma freqüência de utilização maior, acima de 50% dos projetos de reflorestamento.
A própria Secretaria do Meio Ambiente alerta que é preocupante a situação dos projetos que tem sido executados no Estado, dada a baixa diversidade e a alta consanguinidade de indivíduos (muitos indivíduos produzidos a partir de poucas árvores matrizes).
Outra observação importante feita pelos pesquisadores é que, quando o desmatamento de um único hectare retira da área no mínimo 100 espécies, a compensação ambiental muitas vezes estabelecida pelo Poder Público não chega a ser satisfatória e nem eficaz. A perda de um único hectare, cnsequentemente, não poderia ser compensado por 10 hectares de reflorestamento, como é normalmente indicado.