quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Brasileiros pondo ordem no chiqueiro

Olá a todos...
Dando início ao blogueirismo ainda um tanto acidentado, gostaria de iniciar uma discussão com vocês. Primeiro, gostaria de deixar claro que não sou um radical, e sim um empresário que tem uma clara visão de que o Brasil é a bola da vez - e que não dá pra se comer dinheiro (como disse o tal do índio americano). Estou farto dessa palhaçada que vemos todos os dias nos jornais e TV. Mas, vendo pelo lado bom, reconheço que a liberdade de expressão e o poder da mídia nunca foram tão efetivos - e democráticos. Se eu optei por viver num mundo farto em informação, que ela seja bem colhida e utilizada para o bem.

Sendo assim,gostaria de discorrer a respeito do trabalho do Instituto PNBE de Desenvolvimento Social. Trata-se de um grupo de empresários que se reúnem pra discutir questões relacionadas à governança, ética, tranparência, corrupção e responsabilidade. Esses caras estão peitando o governo e ajudando muito o Brasil. De suas reuniões saem muitos manifestos, discussões e iniciativas que colaboraram, inclusive, com o nascimento de instituições importantes como o Ethos, Akatu, Disk Denúncia, Transparência Brasil, Código de Defesa do Eleitor, Pacto Empresarial Contra a Corrupção, etc... O foco deles é a governança em empresas públicas e o combate à corrupção. Soube, em palestra recente, que o governo criou uma agência para a administração de estatais chamada CGPAR (às escuras), cheias de cadeiras para os ministérios, aonde a sociedade civil (acionistas não controladores das estatais) ainda não possuem uma única cadeira? É preciso fazer com que isto funcione, pois o governo não pode ser acionista, controlador e ao mesmo tempo, o criador de políticas. A concorrência com as empresas particulares se torna desleal, antiética. Veja o caso do setor energético brasileiro, todo emprerrado. Empresas de capital aberto (pulverizado) são mais democráticas e mais tranparentes. Essa agência precisa da presença de cidadãos, e o PNBE está lutando por isso.


Outros que estão pondo ordem no chiqueiro são os grupos de desenvolvimento do Índice de Governança Corporativa da Bovespa (ajudando as companhias brasileiras a entrarem na categoria de Novo Mercado). Após a implantação do IGC da Bovespa, em 2002, o valor das empresas brasileiras listadas na bolsa era de 124 bilhões de reais. Até 2007, esse valor subiu pra 1 trilhão e 130 bilhões de reais - ou seja, o valor do setor produtivo brasileiro já se equipara ao PIB brasileiro. E ainda: em 2007 foi a primeira vez na história do Brasil que o volume de investimentos e financiamentos de capital particular superou o volume de financiamentos e investimentos feitos pelo governo (principalmente via BNDES). Parece que estamos mesmo passando por um processo de subversão, e o Estado está sendo pressionado a fazendo o dever de casa. A democracia está mais forte. Estes dados estão disponíveis no próprio site da BOVESPA.

Abraço a todos e abaixo a CPMF.

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